A ideia de um julgamento final, onde Deus separa os escolhidos dos ímpios, é uma crença presente em várias tradições religiosas, especialmente no cristianismo. Essa crença é frequentemente associada com a escatologia, que é a doutrina sobre os eventos finais da história humana e do destino final das almas. No entanto, é importante observar que as interpretações e crenças sobre o julgamento final podem variar significativamente entre diferentes denominações e teologias cristãs, e outras religiões podem ter suas próprias versões de um julgamento final ou concepções diferentes sobre o destino das almas após a morte.
No cristianismo, a ideia do julgamento final está ligada à crença de que Deus julgará todas as almas humanas após a morte e as separará em dois grupos distintos: os salvos, que serão recompensados com a vida eterna no céu, e os perdidos, que enfrentarão a punição eterna no inferno. Isso é muitas vezes associado às parábolas e ensinamentos de Jesus Cristo, especialmente aqueles encontrados nos evangelhos do Novo Testamento.
Além do cristianismo, outras religiões também têm conceitos semelhantes de julgamento final. Por exemplo, no Islã, há a crença no Dia da Ressurreição, quando Deus julgará todas as almas humanas com base em suas ações durante a vida e as recompensará ou punirá de acordo. No judaísmo, há uma crença no julgamento divino, embora as crenças sobre o destino das almas após a morte possam variar entre as diferentes correntes do judaísmo.
É importante notar que as interpretações dessas crenças e os detalhes específicos podem variar amplamente dentro de cada tradição religiosa, e nem todos os crentes em uma religião específica podem aderir a essas crenças da mesma maneira. Além disso, há pessoas que não aderem a nenhuma religião e têm diferentes perspectivas sobre a vida após a morte e o julgamento final. As crenças religiosas são uma questão de fé e podem ser profundamente pessoais e variadas.
O cenário que você descreve, com Deus separando os escolhidos à direita e os "filhos do mal" à esquerda, é uma representação de uma passagem bíblica encontrada no Novo Testamento, especificamente no Evangelho de Mateus, capítulo 25, versículos 31-46. Esta passagem é conhecida como o "Julgamento das Nações" ou o "Julgamento das Ovelhas e dos Cabritos".
Nessa passagem, Jesus descreve uma cena na qual Ele, o Filho do Homem, se sentará em seu trono de glória e reunirá todas as nações diante dele. Ele separará as pessoas como um pastor separa as ovelhas dos cabritos. As ovelhas representam os justos, enquanto os cabritos representam os ímpios.
As ovelhas são abençoadas por terem cuidado dos necessitados, alimentado os famintos, dado de beber aos sedentos, vestido os nus e visitado os doentes e os presos. Elas são convidadas a entrar no Reino dos Céus e herdar a vida eterna.
Os cabritos, por outro lado, são condenados por não terem feito o mesmo pelas pessoas necessitadas. Eles são enviados para o castigo eterno.
Essa passagem é frequentemente interpretada como uma lição sobre a importância da compaixão, da justiça e da caridade cristã. Ela enfatiza a responsabilidade dos crentes de cuidar dos menos afortunados e serve como uma exortação à prática do amor ao próximo.
É importante observar que a interpretação e aplicação dessa passagem podem variar entre diferentes tradições cristãs e teologias. Algumas tradições podem enfatizar mais o aspecto das obras como evidência de fé, enquanto outras podem adotar abordagens diferentes para a salvação e o julgamento final. Como mencionado anteriormente, as crenças religiosas são diversas e podem ser interpretadas de várias maneiras.